A mãe da jovem, de 38 anos, também foi presa nesta segunda-feira, 7, acusada de permitir e conviver com os crimes praticados pelo companheiro. Segundo informações da Polícia Civil de Goiás (PC-GO), os abusos ocorreram de forma contínua ao longo dos anos e, além do estupro de vulnerável, o padrasto também é investigado por obrigar a jovem a deixar o bebê na cama enquanto mantinha relações sexuais com a mãe da vítima.

O caso chegou ao conhecimento da PC em março deste ano, quando a jovem procurou a corporação para denunciar os crimes sexuais e físicos por parte do casal. Segundo a polícia, para coagir a mulher a praticar conjunção carnal, o investigado usava uma colher de ferro para golpeá-la na mão, como forma de punição caso ela se negasse.

Ainda de acordo com a PC, o primeiro episódio de estupro foi presenciado pela mãe da vítima, na época com 12 anos. Ao notar que o companheiro estuprava a menor, a mãe se limitou a esperar o término do ato para poder examinar a filha e constatar se de fato ela havia perdido a virgindade, a impedindo, a partir daí, de levar os fatos às autoridades.

Quando a vítima atingiu a maioridade, o investigado, que vigiava e-mails e aparelhos celulares da jovem, passou a exigir que ela se relacionasse sexualmente com ele ao menos duas vezes por semana, em troca de deixá-la trabalhar e namorar. Os abusos resultaram no nascimento de uma menina, atualmente com 8 meses.

A corporação solicitou a realização de teste de paternidade em relação à criança, mas a investigação ainda aguarda a conclusão da perícia. O casal pode responder por estupro de vulnerável, estupro, satisfação da lascívia na presença de criança e lesão corporal. As penas, se somadas, chegam a 30 anos de reclusão.

*Jornal Opção