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Goianésia,21/11/2024

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ONU coloca em votação exigência para que Israel encerre ocupação na Palestina em até 12 meses

g1.globo.com
ONU coloca em votação exigência para que Israel encerre ocupação na Palestina em até 12 meses
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Embaixador israelense na ONU classificou solicitação palestina como 'terrorismo diplomático'. EUA pedem que países votem contra resolução para desocupação do território. Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, mostra documento com a evolução da ocupação do território Shannon Stapleton/Reuters A Organização das Nações Unidas (ONU) acolheu um pedido da Autoridade Palestina e quer exigir que Israel encerre a "ocupação ilegal" do território palestino em até 12 meses, informou a Reuters. Embaixador israelense na ONU chamou a resolução, que deverá ser votada nesta quarta-feira (18), de "terrorismo diplomático". Segundo a agência, a ação poderá isolar Israel dias antes dos líderes mundiais viajarem para Nova York, nos Estados Unidos, para o encontro anual da ONU. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deve discursar na Assembleia Geral em 26 de setembro — mesmo dia que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

A resolução redigida pela Autoridade Palestina acolhe também um parecer consultivo, de julho deste ano, da Corte Internacional de Justiça que afirmou que a ocupação israelense em territórios palestino é ilegal e deve ser retirada. O parecer do mais alto tribunal da ONU diz que a saída do território deve ser feita "o mais rapidamente possível", embora a resolução da Assembleia Geral permita um prazo de 12 meses. A resolução foi a primeira a ser apresentada formalmente pela Autoridade Palestina desde que obteve direitos adicionais neste mês, incluindo um assento entre os membros da ONU na sala da assembleia. A Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, pediu que os países votem contra.

Os EUA, aliados de Israel, há muito se opõem a medidas unilaterais que possam minar a perspectiva de uma solução entre dois estados. Leia também: Maioria dos moradores de Gaza acredita que ataque do Hamas a Israel foi errado, diz pesquisa 'Não há lugar seguro', 'Isso não é vida', 'Para onde vamos?': caos e angústia em Gaza Por que Israel continua a construir assentamentos na Cisjordânia? O parecer da Corte não é obrigatório, mas tem peso sob a lei internacional e pode enfraquecer o apoio a Israel. Uma resolução da Assembleia Geral também não é obrigatória, mas carrega peso político. Não há poder de veto na assembleia. "Cada país tem um voto, e o mundo está nos observando," disse o Embaixador da Palestina na ONU, Riyad Mansour, à Assembleia Geral na terça-feira (17). "Por favor, fiquem do lado certo da história. Com a lei internacional. Com a liberdade. Com a paz." Israel critica ONU O Embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, criticou a Assembleia Geral na terça-feira por não ter condenado o ataque de 7 de outubro do ano passado feito por militantes do Hamas, que desencadeou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista.

Danon rejeitou o texto da resolução palestina. "Vamos chamar isso pelo que é: esta resolução é um terrorismo diplomático, usando as ferramentas da diplomacia não para construir pontes, mas para destruí-las." A Assembleia Geral do ano passado pediu uma trégua humanitária imediata em Gaza com 120 votos a favor. Em dezembro, 153 países votaram para exigir — em vez de pedir — um cessar-fogo humanitário imediato em dezembro. Uma maioria de dois terços dos presentes e votantes é necessária para aprovar a resolução na quarta-feira. Mansour disse a repórteres na segunda-feira (16) que, embora esperasse que o texto fosse adotado, provavelmente teria menos apoio do que as resoluções do ano passado. Israel divulga imagens de túnel em Gaza onde reféns teriam sido mortos pelo Hamas Guerra em Gaza Quase todos os 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram forçados a deixar suas casas pelo menos uma vez, e alguns tiveram que fugir até 10 vezes desde que a guerra começou após o Hamas, que controla Gaza, atacar Israel, matando 1,2 mil e levando cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses. Depois, os ataques israelenses em Gaza mataram cerca de 41 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza. Os dois lados em conflito se culpam mutuamente por até agora falharem em alcançar um cessar-fogo, que também resultaria na libertação de reféns.

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